A equitação como terapia já era conhecida na antiga Grécia, sendo recomendada para a reabilitação dos soldados feridos no campo de batalha.
— O Termo Hipoterapia deriva da palavra hippos (palavra grega que significa cavalo), combinada com a palavra Terapia. É, assim, a reabilitação usando o cavalo.
— A Hipoterapia foi formalmente posta em prática a partir de 1930, na Alemanha, após a epidemia mundial de poliomielite. Desde 1957, a Hipoterapia é praticada de uma maneira generalizada na Europa, tendo conhecido nos últimos anos um maior implemento e desenvolvimento.
— É utilizada com frequência para atingir objectivos físicos e tem também consequências a nível cognitivo, social e comportamental.
— O cavalo favorece uma combinação de estímulos sensoriais (contacto com o pêlo e corpo quente do cavalo), motores (pelo movimento tridimensional, repetitivo e rítmico imprimido ao cavaleiro pelos andamentos do cavalo) e neurológicos (pela estimulação dos sistemas vestibular e proprioceptivo) o que, associado a técnicas terapêuticas específicas e estratégias individuais, possibilita uma experiência dinâmica que melhora o equilíbrio, a postura, a coordenação e normaliza o tónus. Para além disso fomenta a independência, encoraja a tomada de decisões, desenvolve o auto domínio, melhora a auto imagem, a auto estima, a comunicação e as experiências sociais.
— As actividades decorrem num picadeiro, na área das boxes e nas imediações do mesmo, utilizando-se diversas adaptações como por exemplo rampas, degraus, cilhões, rédeas adaptadas, etc.
— Além dos exercícios e jogos feitos em cima do cavalo, são igualmente importantes outras actividades como sejam dar de comer ao cavalo, escová-lo, lavá-lo  e levá-lo à box.
— A Hipoterapia é uma técnica terapêutica conseguida através de uma actividade divertida, que permite novas experiências em que a pessoa toma consciência não das suas incapacidades mas sim das suas capacidades.
— Para além dos efeitos terapêuticos propriamente ditos, desenvolvem-se ao longo do ano relações entre todos os intervenientes que permitem momentos de grande alegria, descontracção e envolvimento e que contribuem para o sucesso desta actividade.

As actividades equestres  existem no CRIA desde 1994, sendo um serviço pioneiro no distrito, tendo tido em tempos, na modalidade de Equitação Adaptada, prova de Dressage, alguns campeões.

A partir de 1999 as atividades equestres do CRIA passaram a desenvolver-se em instalações próprias, onde se inclui um picadeiro coberto no qual é possível realizar actividades durante  todo o ano.

Para além da Hipoterapia são realizadas sessões de Equitação Terapêutica, Equitação Adaptada e Atrelagem.

Estas actividades são desenvolvidas por uma equipa multidisciplinar com formação e experiência.